Os sindicatos de todo o Brasil, estão enfrentando grandes dificuldades para manterem-se representativos nas relações de trabalho e na luta pelos direitos de seus representados. Isso é uma constatação. A ideia de que os sindicatos "acabaram", deixaram de existir tem se espalhado "sutilmente" entre os trabalhadores. Cabendo aí aos dirigentes sindicais fazerem o papel de conscientização, agora mais do que nunca, da importância de fortalecimento dos sindicatos. O Brasil é um país com muitas leis e que nem sempre há eficácia na implementação e fiscalização dessas leis. Cabendo à sociedade fiscalizar e denunciar, quando necessário. O indivíduo organizado soma e se fortalece, sem nenhum clichê. As reformas do teto de gastos, da terceirização, da previdência, trabalhista, as mini reformas e as MPs, com certeza dificultaram a vida dos trabalhadores. Verifica-se o aumento da informalidade, o desemprego, os baixos salários, chegando ao ponto de hoje mal se conseguir comprar a cesta básica, muito menos pagar as contas. E o sindicato, no seu papel de negociar convenções e acordos coletivos de trabalho, mesmo com toda as dificuldades, tem conseguido negociar e manter o que já haviam conseguido com muita luta. Então, é mais do que necessário que os sindicatos resistam, para que essas categorias continuem lutando e defendendo seu pão de cada dia e a dignidade que todos merecem! E para isso, é urgente que o trabalhador esteja presente em seu sindicato, organizado, participando das discussões nos diversos espaços possíveis, adquirindo conhecimento, fortalecendo a si e a entidade sindical que lhe representa. Não se pode baixar a cabeça e dar a batalha por perdida. As estratégias devem ser criadas, as adequações e a reconstrução se fazem gradativamente e com a participação de todos. É fato que a situação está péssima, mas pode ter certeza, que sem a organização, sem a luta dos sindicatos na sua defesa, a situação tende a piorar!
Antônia Rosa Soares